quinta-feira, abril 26, 2012

Hoje não é o Dia Mundial da Malária…


Mas tudo o que se disse ontem continua HOJE a ser verdade e urgente!
Hoje não haverá t-shirts a serem distribuídas, faixas a serem exibidas, discursos políticos e boas intenções.
O dia-a-dia da luta contra a malária faz-se ao ritmo cadenciado do andar de uma mulher, com o seu filho às costas a arder de febre. Pode ter alguns metros para percorrer até ao centro de saúde, ou vários quilómetros, quem sabe se terá de pedir emprestado dinheiro a uma vizinha para poder deslocar-se ao centro de saúde mais próximo, numa carrinha que sai apenas uma vez por dia.
Conseguindo chegar ao centro de saúde, talvez dois ou três dias depois de ter reparado que o seu filho estava mais quente que o normal, enfrenta uma fila com outras mães, de outras aldeias.  
Não usa rede mosquiteira, apesar de o enfermeiro a ter oferecido quando estava grávida do seu filho, agora doente. Não sabe como esticar a rede, não percebe porque é que tem de dormir com rede, a rede incomoda-a ao dormir… muitas razões que se sobrepõem à simples mensagem: “A Malária mata, a malária é transmitida pelo mosquito.”
Ao ser atendida no Centro de Saúde, a enfermeira faz um teste de diagnóstico rápido ao seu filho e confirma-se que tem malária. 
Em Moçambique, apesar das infraestruturas, recursos humanos e distribuição de medicamentos terem algumas fragilidades, a urgência e esforços conjuntos de garantir o acesso universal ao seu tratamento permite que, aquela mãe possa receber medicamentos gratuitos e ver o seu filho a curar mais uma malária, facilmente prevenível.
Hoje não é o Dia Mundial da Malária, mas deveria ser…


segunda-feira, março 05, 2012

failure to approach or failure of projects?

Tudo o que David Damberger expõe na sua apresentação é bastante fiel ao que acontece na realidade, não só em África, mas em todos os cantos do mundo onde há projectos de intervenção social, que lidam com pessoas e grupos de pessoas.
Tod@s aquel@s que trabalham nestas áreas sabem o que podem fazer para diminuir os riscos do erro: tornar todo o processo mais participativo (rejeição total do top-down) e inclusivo e coordenar as intervenções. Acredito que se estes dois princípios fossem respeitados, não havia tanta necessidade de publicar os Failure Reports.
Oiçam o testemunho de David Damberger e tirem as vossas conclusões.

sábado, fevereiro 25, 2012

UNESCO e África após a entrada da Palestina

Desde 23 de Janeiro deste ano que a UNESCO conta com um Delegado Permanente representante da Palestina. Foi um marco histórico e fica a aspiração que outras agências sigam o exemplo e confiem na abertura e coragem política de alguns Estados Membros como a França e o Brasil que votaram a favor. Foram 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções. A Palestina deixou o seu estatuto de observador para se juntar aos restantes Estados Membros. Os Estados Unidos, Alemanha, Canadá e entre outros votaram contra a adesão da Palestina, tendo os Estados Unidos ido além e suspendido toda a ajuda financeira dada a esta agência, aproximadamente 25% do orçamento global.
África recebia cerca de 1/3 do investimento global, grande parte virado para o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio de Educação para Todos, vê agora a possibilidade de receber menos apoios caso a UNESCO não faça os ajustes necessários na sua estratégia de intervenção, considerando que as despesas com os recursos humanos e as atividades são de 50%, e caso outros Estados-Membros ou organizações não contribuam mais, a fim de suavizar o enorme impacto que a retirada de 25% dos fundos provocará.
Os Estados Unidos, que também mantêm a sua política imperialista no campo da ajuda ao desenvolvimento, aprenderam uma grande lição: que os princípios e valores humanistas nem sempre ficam reféns do poder económico de grupos de pressão. Quanto à abstenção de Portugal, “a coragem é o triunfo sobre o medo” – Nelson Mandela.

                                                              Banksi - Campanha de Solidariedade com a Palestina

segunda-feira, setembro 20, 2010

The most uncommon applications that you can give to paper and recycled cardboard tubes.

Shigeru Ban is an accomplished Japanese and international architect, most famous for his innovative work with paper, particularly recycled cardboard paper tubes used to quickly and efficiently house disaster victims. Shigeru Ban was the winner in 2005 at age 48 of the 40th annual Thomas Jefferson Medal in Architecture from the University of Virginia in Charlottesville. He was profiled by Time Magazine in their projection of 21st century innovators in the field of architecture and design.

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sexta-feira, setembro 17, 2010

Per Diems: To pay or not to pay? That is the question.

For those who work in development field: Who never went through this situation, raise your arm?

My experience in Mozambique in this issue is very rich!! The Mozambican government decided to increase the per diem amount for the civil servants – I think it was in 2007. Today, a civil servant received, for a working day out of their office, half of his salary. This makes any sense?!

I think we should balance things. The civil servants, local communities, etc, should receive for the additional cost of leaving their houses (accommodation, food and transport). What I can’t understand is that people refuse to participate in trainings just because you can’t pay extra expenditures.

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"This paper is intended to spark debate on the use of per diems, particularly as compensation for community members to participate in development initiatives, but also more broadly as compensation for development organization employees. Like all controversial topics, there are many points of view. We encourage your participation in this debate.

In 2008, I was working for an international non-governmental organization (INGO) in Ethiopia. I remember going to the field to carry out an evaluation exercise with a local NGO and a few community groups that were testing an Asset-based Community Development approach. In principle, our stance was that if initiatives were truly citizen-led and community-driven, then people should not expect to be paid per diems for volunteering to participate in a task they had initially defined and designed themselves, and therefore presumably considered important. In the case of this evaluation exercise, the idea was that it was participatory and the results would assist in the group’s decision-making about how to move forward."

READ THE COMPLETE ARTICLE HERE by Brianne Peters

sábado, julho 17, 2010

CYBER-TERRORISMO

THROUGHOUT history new technologies have revolutionised warfare, sometimes abruptly, sometimes only gradually: think of the chariot, gunpowder, aircraft, radar and nuclear fission. So it has been with information technology. Computers and the internet have transformed economies and given Western armies great advantages, such as the ability to send remotely piloted aircraft across the world to gather intelligence and attack targets. But the spread of digital technology comes at a cost: it exposes armies and societies to digital attack.

Ler todo o artigo aqui na revista THE ECONOMIST

sexta-feira, julho 09, 2010

HAITI: 6 MESES APÓS O TERRAMOTO

Fonte: Huffingtonpost

12 de Janeiro de 2010, o Haiti é alvo de um terramoto que viria a devastar todo o país.

Rapidamente todas as equipas de reportagem do mundo inteiro convergem para este cenário apocalíptico; procura-se mobilizar recursos e coordenar intervenções de ajuda humanitária.

Assistimos a belas imagens de salvamento, assim como há mais dura realidade de procura de sobrevivência, a todo o custo.

6 meses passaram e o Haiti já saiu à muito dos nossos ecrãs.

Resta-nos a Agência de Noticias Haitiana para fazer essa ligação.