quarta-feira, março 07, 2007

cooperação marroquina na imigração como modelo para mundo


Marrocos: Zapatero vê cooperação marroquina na imigração como modelo para mundo
Rabat, 06 Mar (Lusa) - O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, considerou segunda-feira que a cooperação "estreita e construtiva" de Marrocos na gestão dos fluxos migratórios é "um modelo para o resto do mundo". Num discurso no jantar oferecido em Rabat pelo primeiro-ministro marroquino, Dris Jetu, por ocasião da VIII Cimeira entre Espanha e Marrocos, Zapatero mostrou-se convencido de que os dois países demonstraram que "por mais complexa e dramática que seja a matéria, a confiança mútua é capaz de mover montanhas e produzir resultados tangíveis". O chefe do executivo espanhol, que elogiou as relações com Marrocos e considerou que a realidade "ultrapassou" as melhores expectativas, apoiou o pedido marroquino de obter um "estatuto avançado" nas suas relações com a União Europeia (UE) e mencionou também o problema do povo sariano ocidental. "A Espanha, disse, "aprecia os esforços que Marrocos está a empreender para relançar o processo que deve levar a uma solução definitiva para o Sara Ocidental, mutuamente aceitável para as partes e respeitosa da legalidade internacional". Jetu não esqueceu este problema no seu discurso e assegurou que Marrocos está decidido a conjurar o "risco de balcanização" do país através de um estatuto de autonomia ampliada" para os sarianos ocidentais. Esta proposta, que o seu país prevê apresentar perante a ONU em Abril, e que já foi rejeitada pela Frente Polisário, permitirá às populações sarianas ocidentais, de acordo com Jetu, "administrar os seus assuntos públicos e privados, no marco da soberania, da unidade e da integridade territorial" de Marrocos. O primeiro-ministro marroquino, que descreveu Zapatero como "um artífice fervoroso e incansável do fortalecimento dos laços de amizade" entre Espanha e Marrocos, afirmou que os dois países partilham, hoje mais do que nunca, um momento de confiança mútua renovada". Marrocos fez da sua aproximação à Europa "uma opção estratégica irreversível", assegurou Jetu, assinalando que, com o apoio de países amigos, a aspiração é estabelecer uma nova relação contratual com a UE. Jetu aproveitou também a ocasião para expor o projecto de modernização económica e social do país que surge acompanhado da consolidação do Estado de direito, do alargamento das liberdades públicas e da concretização da igualdade entre homens e mulheres. Escolheu também a iniciativa da Aliança das Civilizações para fazer frente ao obscurantismo, ao extremismo e às ignorâncias recíprocas. Tal como Zapatero, Jetu prestou homenagem aos marroquinos residentes em Espanha, a comunidade estrangeira mais importante. TM. Lusa/Fim

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